Treinamento físico no futebol
Princípios cinetifícos aplicados no futebol
Juliete Oliveira (Juventus/UniSantanna/Portuguesa)
Individualidade Biológica
É o principio que diz respeito às cargas de treinamento, visando a serem distribuídas a cada atleta, de acordo com os resultados dos testes e avaliações, bem como pela sensibilidade do preparador, haja vista não haver dois indivíduos idênticos, donde tenderem a ser diferentes as cargas de trabalho. Em face de o trabalho de preparação no futebol contar com grupos grandes de atletas, pode-se dividir o elenco em pequenos e homogêneos subgrupos, de acordo com a semelhança dos resultados.
Adaptação
É a capacidade do organismo acomodar-se aos estímulos provocados e divide-se em três fases: reação, acomodação e exaustão. Cargas de trabalho adequadas permitem melhores respostas do organismo ao treinamento, levando a progressos.
Sobrecarga
É o principio que diz respeito à progressão das cargas, de acordo com as possibilidades do atleta e a fase de treinamento. A variação e a progressão das cargas pode dar-se por diversos fatores: aumento das distâncias, do tempo de trabalho, do número de repetições, diminuição dos intervalos, etc.
Continuidade
É o principio que diz respeito à seqüência do treinamento pelas várias idades por que passa o atleta, sem quebra ou diminuição da seqüência, possibilitando progressiva melhora na performance a cada ciclo geral de treinamento a que o atleta é submetido.
Volume / Intensidade
É o princípio que diz respeito à relação do volume de treinamento e à intensidade. Na fase inicial de trabalho, a básica, o volume recomendado é grande, com muitas repetições na execução dos exercícios e a intensidade baixa, para permitir correta execução e assimilação. À medida que o treinamento progride, o volume começa a diminuir e a intensidade aumentar, até que, na fase final da preparação, a de polimento, as sessões devem ser de curta duração e a intensidade máxima.
LEAL, Julio César. Futebol arte e ofício. Editora Sprint, 2000